sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lançado a Coletânea 10 anos com Mafalda

A Coletânea 10 anos com Mafalda foi lançado na semana passada em São Paulo e contou com a presença do seu criador. Este álbum, editado pela Martins Fontes, reproduz, organizadas por tema, as tiras desenhadas por Quino durante os dez anos em que produziu a Mafalda. O álbum reúne em 13 temas todas as histórias da Mafalda.

Vale lembrar que Joaquín Salvador Lavado -o nome que consta no RG de Quino, criou muitos outros personagens sendo a menina contestadora Mafalda "apenas uma mínima parte" de sua carreira, como ele diz. Foram 55 anos de uma intensa produção, que ele decidiu suspender em abril do ano passado.

Mas porque essa personagem chega ao ano de 2010 despertantando paixões e vendendo coletâneas? Talvez porque essa heroína enraivecida recusa o mundo tal como ele é. Questiona. Tem ideias confusas sobre politica, mas de uma coisa sempre tem certeza não está satisfeita com a situação social, politica e econômica. Essa mocinha também não gosta de sopa. Para mim ela é o contraponto do personagem Charlie Brown, o menino que pertence a uma sociedade prospera e procura integrar-se e compreender os significados da vida e do seu microcosmos. Como seria o casamento da Mafaldinha com o Charlie Brown? Dois opostos: a mocinha tem como livro de cabeceira “Diarios de Che Guevara” já o mocinho não pode ficar sem a leitura diária de “Interpretação dos Sonhos” de Freud. Será que esse casamento daria certo.....

DIREITO AUTORAL EM DEBATE

Onze organizações civis realizou em São Paulo, no último dia 31 de maio, na sede do Ministério Público Federal, um ato que visa pressionar o governo pela reforma da Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98).

A coligação, representada por institutos de defesa do consumidor, grupos estudantis e associações de artistas, cobra do Ministério da Cultura a abertura imediata da consulta pública do projeto de reforma de lei atual para que toda a sociedade participe e discuta sobre o assunto.

De acordo com Guilherme Varella, advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor) – uma das organizações participantes –, há urgência em trazer à tona o projeto de lei que vem sendo discutido desde 2006 e que modernizará a vigente lei de direitos autorais, considerada pelo grupo um grande atraso.

A lei atual é muito rígida e cumpre pouco seu papel de circular a obra”, diz Varella. “Deveria haver um equilíbrio para defender os produtores de conteúdos, as empresas e os consumidores, que é o que se espera do novo texto”.

No ato desta quarta-feira, o objetivo dos organizadores é entregar um caderno produzido por vinte associações e também uma segunda versão “Carta São Paulo pelo Acesso a Bens Culturais”, sob comando da banda Teatro Mágico. Com os documentos, o manifesto pretende formalizar a briga pela democratização do conhecimento dentro e fora da internet, segundo os organizadores.

Gustavo Anitelli, produtor doTeatro Mágico, grupo conhecido por atuar a favor de uma internet mais livre, diz que a intenção é alertar a sociedade sobre algumas práticas abusivas das empresas de conteúdo, sobretudo em relação à indústria fonográfica.

A questão dos direitos autorais sempre beneficiou intermediário, nunca compositores e consumidores”, diz Anitelli, que ainda alerta para a questão do abuso de gravadoras, como os contratos de exclusividade e o popular “jabá” – prática de pagar em dinheiro para alguma rádio tocar a música do artista.

O ´jabá´ é uma prática criminosa, mas que na lei atual não tem como determinar o que é e o que não é”, explica.

Além da área musical, o manifesto pretende ainda debater questões mais amplas como a liberdade de uso de obras na área educacional, uma maior fiscalização pública e outras reformas coerentes com a sociedade da informação.

Segundo o último relatório do Consumers International, que mede a eficácia das leis de direitos autorais sob aspectos culturais, o Brasil foi eleito como o quarto país com pior desempenho, perdendo apenas para Reino Unido (1º), Tailândia (2º) e Argentina (3º).

*Fonte:

Ministério Publico Federal

Revista Info

Revista BravoOnline

Dia do Orgulho Nerd

No último dia 26/05, foi o Dia do Orgulho Nerd - GeekPrideDay. Criado em 2006 na Espanha pela segunda vez mobiliza os internautas no Brasil. A escolha da data é uma homenagem à primeira exibição do filme Star Wars, que aconteceu em 1977. No Brasil, o GeekPrideDay deu as caras somente no ano passado, e contou, principalmente, com manifestações online.
Para os tuiteiros ser nerd não é mais motivo de vergonha: “E pensar que antigamente a gente tinha medo de ser nerd e apanhar na escola. Hoje, o mundo é dos nerds”, confessou um mais sincero. Até uma lista com os direitos e deveres dos nerds é possível encontrar na Wikipedia.

ALGUNS DIREITOS E DEVERES DOS NERDS

Direitos

1. O direito de ser nerd

2. O direito de não ter que sair de casa

3. O direito a não ter um par e ser virgem

4. O direito de não gostar de futebol ou de qualquer outro esporte...

Deveres

1. Ser nerd, não importa o quê

2. Tentar ser mais nerd do que qualquer um

3. Se há uma discussão sobre um assunto nerd, poder dar sua opinião

4. Tentar dominar o mundO.....

*Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dia Mundial pelos Atos de Gentileza


Hoje é do dia Mundial pelos Atos de Gentileza. O movimento nasceu a partir da iniciativa de um grupo, particularmente, preocupado com a disseminação da bondade e com o bem-estar do homem, em 1996, organizou uma pequena conferência na cidade de Tóquio no Japão convidando pessoas de todo o mundo que já tinham iniciado movimentos desta natureza em seus próprios países para discutirem o tema. Desta pequena conferência foi fundado o World Kindness Movement (WKM), organização que pretende, por meio do intercâmbio de profissionais e pessoas de diversos países, encorajar ações com vistas à construção de um mundo mais amável e justo. Hoje, o WKM conta com a participação de vários países membros, inclusive o Brasil que tem como membro e representante oficial do movimento, a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV: http://www.abqv.org.br/wkm_teste.php).

GENTILEZA É....

deixar as praias e ruas limpas! Recolha, por gentileza, o lixo que você produzir.


Ser cordial e ceder a vez no trânsito. Este é um gesto que vai lhe custar apenas alguns segundos e faz toda a diferença para o próximo!

deixar o celular em vibracall em lugares públicos. Ninguém merece ficar ouvindo tons ou musiquinhas que não escolheu...

ser breve ao celular quando estiver acompanhado.

ocupar apenas o seu lugar em cinemas, teatros ou shows. Sua bolsa não vai se importar em ver a apresentação no seu colo, não é?

fumar apenas em locais permitidos. Além de ser educado, agora é lei!

ceder a vez, ou o lugar, para idosos, gestantes e deficientes físicos. Nem precisava regulamentar esta cortesia, não é?

usar “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “obrigado”, “por favor”, “desculpe” e “com licença”. Além de gentil, isto pode abrir uma série de portas para você.

não empurrar as pessoas para entrar ou sair dos trens ou metrô. Tenha calma que você chegará ao seu destino.

tratar as pessoas como gostaria de ser tratado.

antes de tudo ter educação e respeitar o limite do outro.

parar o carro e deixar os pedestres atravessarem a rua, em dias de chuva.

pensar e fazer a melhoria da qualidade de vida da comunidade.

saber se colocar no lugar do outro.

dizer olá e sorrir, olhando nos olhos do outro.

aceitar o outro como ele é.

sorrir para as pessoas e cumprimentá-las mesmo
sem conhecê-las.

cumprimentar mais... Sorrir mais... Abraçar mais...
realizar negócios com responsabilidade social.

tratar bem os funcionários ou colegas de trabalho, pois isso gera qualidade e motivação no ambiente de trabalho.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Finanças pessoais e Relacionamentos Amorosos

Um estudo de pesquisadores da Wharton School e da Northwestern University descobriu que a velha máxima de que os opostos se atraem é válida no campo das finanças pessoais. Segundo o estudo, quem não gosta da maneira como lida com o dinheiro procura no outro a qualidade que não tem. Na prática, os perdulários que sonham em gastar menos buscam um parceiro mais disposto a economizar, e vice-versa. A regra só é válida para quem almeja ter um comportamento diferente, diz Deborah Small, uma das autoras da pesquisa "Fatal (Fiscal) Attraction
A seleção do parceiro com base nessa busca no equilíbrio financeiro, ainda que muitas vezes de forma inconsciente, não costuma ser uma boa receita para as relações duradouras. O lugar comum encontrou respaldo na pesquisa: o dinheiro realmente tem poder de dividir os casais. Um dos fatores é que as pessoas tendem a manter o seu comportamento em relação às próprias finanças."Em muitos aspectos, somos mais felizes quando nos casamos com pessoas de visão semelhante a nossa. Quando você casa com seu oposto, experimenta mais conflito em relação ao dinheiro, e isso leva a uma menor satisfação", disse.
Em tempos de crise, ela afirma que as discussões ocorrem independentemente do perfil do casal. "Na recessão, os casais discutem mais sobre dinheiro, seja qual for a atitude que tenham em relação a gastos." Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores conduziram estudos a partir de cruzamentos de dados e pesquisas. Em um deles, colocaram no site do "New York Times" uma enquete sobre gastos e poupança. "O que a pesquisa mostra é que há uma diferença entre o que as pessoas dizem que procuram em um parceiro ideal e as características dos pares por quem elas se sentem atraídas."

domingo, 28 de junho de 2009

Cultura Livre, Cultura Colaborativa e Livre Acesso à Informação

A 10ª edição do Fórum Internacional Software Livre, terminou ontem, 27/06, em Porto Alegre. A edição deste ano teve 8.232 participantes, recorde de público, nos dez anos de realização do evento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento e afirmou que o acesso à internet tirou o poder da imprensa tradicional. "Finalmente este país está tendo o gosto da liberdade de informação”. O livro Cultura Livre, de Lawrence Lessig, trás exatamente essa idéia de liberdade de informação e produção livre de cultura, sem a necessidade de grandes empresas para poder se publicar um livro ou um texto, por exemplo. O livro tenta decifrar a complexa rede de poder e a batalha para tentar manter a Internet como espaço democrático de acesso livre a informação e produção de conteúdo. Lessig é um grande defensor do direito autoral e do copyright , e ele deixa isso claro no livro. Mas ao mesmo tempo ele procura analisar e relembrar uma coisa que está sendo cada vez mais esquecida: o copyright deveria ser um mecanismo de proteção do direito do autor e um mecanismo que impedisse o perpétuo monopólio cultural de alguns poucos indivíduos e/ou entidades, ao garantir que as obras culturais, sofwares ou a própria criatividade, após algum período, voltassem ao domínio público, retornando benefícios à sociedade. Esse livro deve servir de guia para um entendimento profundo dos rumos que estamos tomando e de sinal de alerta: se nada for feito, poderemos oferecer a algumas pessoas e corporações o poder de decidirem sobre a nossa cultura.

domingo, 21 de junho de 2009

O tempo embebido no ato de ensinar e aprender

Quase toda semana leio no jornais os últimos resultados do ENEM. Quais as escolas que obtiveram melhores resultados. No geral as escolas particulares sempre se saem melhor. Na última quinta-feira relatório publicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que os professores brasileiros são os que mais desperdiçam o tempo de aula pra tentar manter a disciplina. Segundo o relatório a indisciplina se mostrou um problema mundial. Na média dos países, 60% dos diretores afirmaram ter, em alguma medida, distúrbios em sala de aula provocados pelo problema. O México tem o maior percentual (72%); o Brasil tem exatamente o índice da média. Diretores brasileiros foram dos que mais relataram ter pouca ou nenhuma autonomia para contratar, demitir ou promover professores por seu desempenho em sala de aula. No Brasil, só 27% disseram que podem escolher os professores. A média dos países é de 68%.
Coincidência ou não, na última segunda-feira assisti novamente ao documentário “Ser e Ter” de Nicholas Philibert. Em campo aberto, de pé, sob chuva e diante de um inquieto rebanho leiteiro, um homem grita: "Devagar, devagar!", na tentativa de conduzir a manada. As vacas avançam, o homem e seus companheiros recuam. Os adultos erguem cajados, as vacas estacam. Em seguida a essa cena inaugural do documentário, "Ser e Ter" transfere-se para o interior de uma sala de aula, vazia de alunos e professores, mas onde duas tartarugas caminham pelo chão. Mais do que a metáfora de gênero cinematográfico, a comparação de Philibert serve para sintetizar a maneira como encara o próprio tema do filme. Educação é o convívio lento que requer paciência e disposição para o outro. Homens e mulheres, na sua relação com o mundo e com outros seres, buscam respostas aos desafios, às questões de seu contexto, ou seja, constroem conhecimentos.
O regime de classe única de estudantes com diferentes idades e graus de formação é comum nas escolas do interior da França. Philibert, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, disse que a idéia de filmar a rotina escolar de crianças poderia parecer desinteressante a muita gente, mas ele tinha "a convicção de que algo rico e significativo sairia dali". "Aprender a ler e escrever soa banal para quem já passou por isso, mas é um momento muito importante para quem o vive. É quando precisamos vencer barreiras, enfrentar dificuldades e medos, enfrentar o olhar dos outros", afirma. Envolvidos em angústias desse tipo, os personagens de "Ser e Ter" se deixam filmar em diálogos penosos com o professor, em disputas infantis (e outras nem tanto) e em suas tentativas de insubordinação. As crianças não têm medo da câmera e reagem com naturalidade.
O elemento central da história é o professor Georges Lopez, um extraordinário exemplo de dedicação total à sua atividade de mentor e professor. Através de sua participação, o filme mostra a influência positiva do educador na formação do caráter de seres humanos desde a mais tenra idade. Cada criança constrói seu próprio conhecimento frente às atividades curriculares que extrapolam os limites da sala de aula. Essa escola do interior não possui salas informatizadas e brinquedos sofisticados. Juntos, alunos de 4 a 10 anos, compartilham uma educação intimista, voltada a um aprendizado coletivo. Apesar da diferença etária, a serenidade do professor e a influência da família criam um ambiente lúdico, onde cada criança constrói seu próprio conhecimento frente às atividades curriculares que extrapolam os limites da sala de aula.Essa escola mostra que a qualidade da educação depende, em grande medida, dos educadores que a compõe e também da criatividade que deve ser o instrumento maior de toda a vivência escolar. Neste sensível documentário, o diretor faz um verdadeiro elogio à aprendizagem coletiva e ao respeito pelo outro, quando nos coloca no lugar de crianças em pleno processo de formação do conhecimento e da identidade pessoal. A metodologia pedagógica de Georges Lopez conduz as crianças, com paciência até a adolescência; participando de suas discussões e escutando os problemas de cada um. Vê-se aí, a face mais modelar de como se pode trabalhar com a heterogeneidade discente. Embora esteja em desuso atualmente, esse tipo de prática escolar guarda segredos que os professores de hoje procuram desesperadamente. Os relatos emocionantes do cotidiano escolar, por vezes hilários, mostrados no filme, podem ser muito mais esclarecedores do que palestras realizadas em grandes feiras sobre educação. Ser e Ter é de uma simplicidade encantadora. Uma das coisas que mais cativa no filme é que ele mostra a vida com autenticidade, com inteligência, apresentando o mundo da criança com sua espontaneidade, sua admiração perante o que aprenderam e a sua confiança desarmada nas pessoas. Além disso, mostra também as dificuldades da pré-adolescência, tudo sob a condução de um mestre que é também um hábil condutor da melhor forma de interagir com as crianças.